O trabalho de conclusão de curso (monografia, dissertação e tese) dá oportunidade ao examinando de demonstrar que está pronto para atuar profissionalmente ou na docência e pesquisa. Com ele, são trabalhadas habilidades e práticas fundamentais ao bom desempenho profissional. Podemos citar:
·a pesquisa e seleção de fontes,
·a leitura, compreensão e elaboração de textos, atos e documentos,
·a correta utilização das normas técnicas, interpretação e aplicação das mesmas,
·a correta utilização da terminologia técnica,
·a utilização de raciocínio técnico, de argumentação, de persuasão e de reflexão crítica,
·o julgamento e a tomada de decisões e
·o domínio de tecnologias e métodos para compreensão e aplicação do conhecimento.
Não tenho dúvida de que aquele que passa com seriedade pela confecção do trabalho científico se qualifica melhor para o mercado de trabalho, seja qual for a área de atuação escolhida.
Acompanhando centenas de alunos que devem passar pela atividade de iniciação científica, elaborando e submetendo seu trabalho de conclusão de curso, percebo, sempre, grande inquietação por parte daqueles que estão comprometidos com seu futuro e formação, para não dizer, certa angústia.
Como o brasileiro costuma ser muito informal em, praticamente, tudo, o nosso cotidiano escolar padece do mesmo mal: há pouca exigência quanto à forma de apresentação de trabalhos escolares e nenhum método.
Mesmo em nível universitário, esse informalismo grassa à solta, por uma série de fatores.
Mas, há um momento marcado para que todo o rigor da forma seja exigido: na iniciação científica. E não há como fugir dela. Natural, então, que o estudante se ressinta dessa exigência, que lhe parece descabida.
Todavia, asseguro, a imposição é pertinente e salutar para o futuro profissional dos acadêmicos. Assim atestam aqueles que já passaram pela atividade.
Quanto ao temor que todos os aspectos do trabalho científico desperta nos acadêmicos e pós-graduandos, posso, também, garantir que é infundado e pode ser superado com autodisciplina e técnica.
Como diz o vulgo popular: é só começar...
É, também, uma oportunidade de refletir com profundidade sobre o tema escolhido e contribuir para um conhecimento ou uma técnica mais ajustada às necessidades da sociedade.
Seguem 11 dicas para que você se saia bem:
1) A escolha do tema é de suma importância: escolha uma área de que goste ou tenha familiaridade e cuide para que ele seja revestido de cientificidade;
2) A escolha do orientador também é fundamental, pois a relação orientador-orientando é uma relação de confiança mútua; se não houver simpatia entre ambos, o trabalho fica desestimulante e pesado;
3) Seja ambicioso na coleta de material e criterioso em seu uso;
4) Encare, de uma vez, a metodologia... não é tão ruim como parece!
5) Lembre-se que a produção científica - embora você tenha um orientador e vá dialogar com muitos autores - é um trabalho solitário;
6) Aprenda a aproveitar os recursos do editor de texto: ele simplifica MUITO a redação do trabalho;
7) Autodisciplina;
8) Autodisciplina;
9) Autodisciplina;
10) As revisões de português e de metodologia são importantes; mesmo que você ache que escreve bem, não as desconsidere;
11) 80% do sucesso de todo trabalho científico depende do projeto de pesquisa; dedique-se a ele com afinco e será bem recompensado!!!
Bom trabalho!!